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Relatório sobre a quadra modelo

Meus comentários sobre esta visita vão se manter nas curiosidades que eu descobri enquanto eu participava dela, após isso vou esclarecer minha opinião. A primeira delas é sobre a palavra Superquadra, que segundo minhas pesquisas foi uma palavra inventada por Lúcio Costa e apresentada em seu plano piloto de Brasília. Pelo dicionário Aurélio “área residencial urbana, aberta, constituída por blocos de apartamentos, escolas, playgrounds, zonas ajardinadas etc., e na qual o tráfego dos veículos se acha separado do trânsito de pedestres”. Achei incrível que uma palavra possa ter um significado tão específico, o que de certa forma, combina bastante com a ideia dela própria.

Quando o professor disse que a ideia da quadra modelo tinha surgido da arquitetura francesa, eu fiquei curioso. Descobri que, aparentemente, as ideias base vem de um arquiteto francês chamado Le Corbusier, os chamados cinco pontos da nova arquitetura. Que se você for pesquisar você vai ver que é como, basicamente, são os prédios e a base da ideia da superquadra. Logo abaixo segue uma imagem com a síntese das ideias (aparentemente fora de ordem).


O professor disse que os prédios da quadra modelo foram feitos por alguns arquitetos, eu pesquisei os nomes deles e são Sérgio Rocha e Marcelo Campelo. Pois é, não foi o Niemeyer, apenas a quadra da 108 Sul (considerando a quadra modelo apenas como a 308 Sul). Apesar da escola classe se chamar Oscar Niemeyer, ele também não foi o responsável pela obra, e sim José de Souza Reis. Infelizmente eu não consegui encontrar nenhuma outra obra, nem do Sérgio Rocha, nem do Marcelo Campelo. Após o embate entre o professor e o morador pioneiro da quadra, eu decidi tirar a dúvida. De Marcelo Campelo surge outra curiosidade, por ser ele o autor do azulejo predominante nos prédios da 308 De certa forma, ambos estão errados, vou explicar. O morador pioneiro disse que a única coisa feita por Athos Bulcão foram os azulejos da Igrejinha. Porém, na 308 existe outra obra de Athos Bulcão que são os blocos (?) da escola classe. Mostrarei a seguir em detalhe o azulejo de Marcelo Campelo e os blocos de Athos Bulcão.





Em foco agora sobre as minhas perspectivas sobre a quadra. Eu já conhecia a quadra, eu fui visita-la durante as férias (mesmo sem saber que entraria para o curso). Essa revisita foi muito importante para mim, pessoalmente. Pude comprovar empiricamente os efeitos das aulas de repertório de arquitetura, quando olhei os prédios e lembrei de Frank Lloyd Wright pela horizontalidade que o professor tanto gosta.

Eu gosto bastante de andar pelas superquadras por sempre me sentir em casa, mesmo nunca tendo morado por lá. Acho que a ideia do Lúcio Costa de ter uma distância entre os prédios que desse para a mãe chamar o filho também deu espaço para que o filho sentisse o cheirinho do almoço enquanto estivesse na quadra.

A leve brisa incessante e em um ritmo extremamente confortável faz com que a todos os momentos eu não me sinta em Brasília, que para mim é uma cidade quente e abafada (no geral). Eu gosto de ficar um tempo por lá, só para me sentir em um país desenvolvido por algum tempo. Onde o metro quadrado mais caro é distribuído para todos.

Antes que você diga que as curiosidades que eu apresentei fogem da ideia do relatório, eu acho que as dúvidas que surgem durante a experiência com o espaço fazem parte da construção psicológica da percepção obtida. Nesse âmbito, eu apresentei elas como forma de complementar os elementos das minhas percepções e achar uma razão de suas existências.

 
 
 

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